segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Você sabia?

-24 milhões de pessoas no mundo sofrem de alguma demência;
-exercício físico ajuda a recuperar a massa do cérebro;
-estímulos intelectuais tem papel bastante importante na vida de idosos com demência.

É claro que não podemos dar uma revista de SUDOKU para um idoso demenciado e achar que fazendo esta atividade, ele estará menos vulnerável à doença. Mas a prática de exercitar o cérebro ajuda no retardo de demências.

B.

3 comentários:

  1. «Sem condescendências». Foi assim que a coreógrafa Clara Andermatt abordou o trabalho com a Companhia Maior, consciente das limitações do grupo – com idades acima dos 60 anos e sem experiência na área da dança – mas sem permitir que estas comprometessem a sua linguagem.
    «É óbvio que há limitações de corpo, de memória e de trabalho físico. Mas trabalhei com eles como faço com outros grupos. Aliás, muitas vezes me debati com a hipótese de já estar a ir para lá dos limites, quando um deles dizia: ‘Isso já não posso fazer’. Mas houve muita entrega e confiança e encontrámos um equilíbrio. Não quis esconder a idade, as suas características e idiossincrasias».

    Foi com esta premissa que Clara Andermatt partiu para a criação de Maior. Tinha trabalhado pela primeira vez com o grupo há um ano, quando preparavam a sua estreia, com a peça Bela Adormecida, de Tiago Rodrigues. Agora, a coreógrafa começou por encaminhar o grupo para workshops de meditação e ioga, manipulação de objectos e música, para que criassem «uma relação diferente com a forma como se pode gerar movimento e como observamos e nos relacionamos com o corpo, os objectos e a música». Durante dois meses de ensaios diários explorou «situações do quotidiano e o uso de objectos», ampliando assim «o material coreográfico e a consciência do corpo e dos seus movimentos em pormenor».

    O resultado é uma peça que, com certeza, criará alguma estranheza para quem viu Bela Adormecida e que não conheça o trabalho de Clara Andermatt, mas que, mais uma vez leva a Companhia Maior à entrega e à demonstração que os limites da idade são questionáveis. «Hoje sou toda equívoco», ouve-se, no texto criado por Iva Delgado, no arranque do espectáculo. Vestidos de branco e preto, os corpos vão inundando o palco nu, enchem o seu vazio angustiante. Os gestos são por vezes trémulos, outras vezes agressivos, revoltados. Há a convicção de quem percebeu a linguagem e a quer transmitir. Há a sensação de dependência entre os pares, de entreajuda – como no momento tocante do pas de deux entre Luna Andermatt e Kimberley Ribeiro.

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  2. A estratosfera da filha

    Entre os 17 elementos em palco há que destacar, justamente, esta convidada especial, Luna Andermatt, mãe de Clara, ex-bailarina e uma das principais impulsionadoras da dança em Portugal. Aos 87 anos, com uma vértebra deslocada e uma bengala como companheira, Luna começou por recusar o convite da filha: «O confronto entre o que o corpo fazia e o que é capaz de fazer agora é angustiante, mas o bicho da dança falou mais alto».

    Pela mão da filha voltou a quebrar os limites do corpo e a ensaiar diariamente, «mesmo quando estava tão cansada que nem me apetecia sair da cama». Bailarina de formação clássica, Luna Andermatt aprendeu a expressão «sóbria mas intensa» da filha que a convidou a entrar no seu universo. A filha correspondeu-lhe com surpresa: «Achei incrível como a minha mãe se dispôs a entrar no que ela chama a minha estratosfera».

    Maior está em cena até 11 de Dezembro, no CCB, seguindo em Janeiro para o Teatro Municipal de Almada.

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  3. http://videos.sapo.pt/cyjJ9Er4EJ7RkYYop5fM
    Trata-se de um vídeo sobre o espectáculo MAIOR

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